domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pré Modernismo

Esse período é marcado pela transição; o Pré Modernismo busca os valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais.

"OS SERTÕES" - Euclides da Cunha

O livro "Os Sertões" tem valor histórico, científico e literário.

Histórico porque narra a guerra, e o livro é composto por fatos verídicos.

Científico porque usa a "Teoria do Meio": Você é o que o ambiente que você vive exige. Euclides mostra que a terra/vegetação do sertão interferia no "eu" sertanejo.

Literário porque mostra como a terra modifica no homem.

  • Livro em três partes:
  1. A Terra
  2. O Homem
  3. A Luta
A terra mostra as características geográficas do lugar. Podemos pegar exemplo de uma planta comum no deserto, o cacto. O cacto tem espinhos, e esses espinhos mostram que o sertão não era agradável, não era cômodo.

Euclides da Cunha diz em sua obra que Antônio Conselheiro só era "heroi" porque o governo não "fez sua parte", ou seja, se o governo tivesse dado comida aos pobres, eles não precisariam "nomear" um heroi, isso que Euclides quer mostrar com a luta.

Euclides mostra em seu livro que a guerra maior não era Canudos e sim a despreocupação do governo quanto a seca. Ele fala que a guerra foi "inútil" porque mesmo com todas as mortes a miséria daquele lugar não mudou.

O livro mostra uma contradição, pois, ao mesmo tempo que diz que o homem do sertão é forte, um "cabra macho", mostra também que ele tem "momentos de depressão" pela vida dura que levavam.

PADRE ENOQUE DE OLIVEIRA

O Padre Enoque de Oliveira denuncia que o "atraso" do Nordeste é planejado. Que os políticos precisam de pessoas que dependam da "mudança que eles farão" nos sertões para conseguir votos, porque se todos já tiverem casa e sustento, não terão porque votar em certo político. Canudos era o "ponto de equilíbrio" porque lá as pessoas achavam comida. O Padre, além disso, denuncia a própia Igreja, dizendo que ela também usava o pobre para se manter.

"O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA" - Lima Barreto

"Lima Barreto era considerado marginal (marginal no sentido de estar a margem), em outras palavras, Lima era alvo de preconceitos. Ele era alcoólatra e sofria preconceito por isso, pelo fato de ser negro, por ter um pai com problemas mentais e por ser de família pobre."

No livro "O triste fim de Policarpo Quaresma", Policarpo, o personagem principal, era extremista, por exemplo, ele passava exatamente pelo mesmo horário no mesmo lugar, todo dia, tão extremista que as pessoas costumavam a "marcar hora" com a sua passada.

"Policarpo Quaresma: para que ter livros se não é doutor?" @RuthhCastro

Um médico do livro criticava o protagonista porque ele tinha muitos livros e não era formado. Então o clínico achava que ele queria se mostrar de culto para as pessoas.

"Policarpo Quaresma: nacionalismo fanático." @RuthhCastro

Ele era considerado "doido", porque ele lia demais, e era certinho demais. Ele lia muito e lia muitas coisas sobre o Brasil, em uma dessas leituras (ele leu um dicionário de Tupi e aprendeu a falar Tupi pelo dicionário) ele chegou a propor a autoridade local mudar a "língua mãe" para o Tupi, e isso foi considerado uma loucura.

A última frustração de Quaresma foi quando ele trabalhou como carcereiro e viu as injustiças; como era muito certinho, denunciou-as. Então o próprio presidente mandou matá-lo; aí se explica o triste fim de Policarpo Quaresma.

Dizem "ideal e real" porque ele queria o esquema de carceragem ideal, contudo aquele que ele pensara não era o real.

A classe social retratada era a classe média. O preconceito contra Policarpo era o fato dele ter livros e não ser formado.

"URUPÊS" - Monteiro Lobato

Monteiro Lobato pregava o crescimento econômico e intelectual. Ele dizia: "Um País se faz com homens e livros". Tanto que foi Monteiro que criou a primeira editora de livros do Brasil. A principal obra de Monteiro Lobato para adultos era Urupês, na qual o personagem principal, Jeca Tatu era muito preguiçoso e acomodado. Como mercador, Jeca Tatu só vendia os frutos que ele apanhava pelo chão, ele não era lavrador porque não plantava em terras que não eram dele, e o seu único argumento como filósofo é que "não valia a pena fazer nada".

Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos escrevia poemas em sua maioria. Sua poesia introduz, além do vocabulário "simples", palavras consideradas de "baixo calão" para a época. Ele tem uma visão pessimista da vida, também comunhava a ideia do meio interferindo sobre a pessoa e mostra a morte como uma questão do natural, diferente da figura de morte do romantismo, que era "o momento em que você encontraria sua/seu amada(o)"; no pré modernismo eles encaravam isso com naturalismo, uma coisa que vem para todos.

(Resumo baseado na aula da professora de língua portuguesa Maria Ruth)